Apalavra “se” pode assumir várias participações sintáticas diferentes, como partícula apassivadora, índice de indeterminação do sujeito, pronome recíproco, pronome reflexivo e partícula de realce.
Partícula apassivadora - na voz passiva sintética, o agente da ação é ocultado da oração e o sujeito continua sofrendo a ação verbal. Assim, a partícula “se” atua como partícula apassivadora. A voz passiva sintética só consegue atuar perante os verbos transitivo direto e transitivo direto e indireto conjugados na terceira pessoa do discurso. Exemplo:
“Alugam-se apartamentos.”
Índice de indeterminação do sujeito - como índice de indeterminação do sujeito, a palavra “se” atua como uma ferramenta para tornar o sujeito da oração, na terceira pessoa do singular, indeterminado. Esse uso só pode ocorrer com verbos de ligação, transitivo indireto e verbos intransitivos. Exemplo:
“Precisam-se de parceiros.”
Pronome reflexivo - neste caso, o sujeito é agente e paciente da ação verbal. A palavra “se” aparece como o pronome responsável pela ocorrência dessa reflexão, sendo, portanto, um pronome reflexivo. Exemplo:
“O menino cortou-se.”
Pronome recíproco - assim como no pronome reflexivo, o sujeito também pratica e sofre a ação verbal, mas, nesse caso, o sujeito representa um conjunto de indivíduos ou elementos e a ação é realizada nesse conjunto entre seus elementos, de forma que a palavra “se” é um pronome recíproco. Exemplo:
“Os atletas parabenizaram-se pela conquista.”
Partícula de realce - nesse caso, a partícula “se” tem a função de destacar uma ação, mesmo que seja desnecessária para o entendimento da oração, sendo, portanto, uma partícula de realce. Essa utilidade para a palavra “se” geralmente aparece em textos literários. Exemplo:
“Aos poucos, ao cair da noite, ela se morria aos prantos.”
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