Placas tectônicas

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As placas tectônicas são grandes blocos que formam a camada externa sólida da Terra, conhecida como litosfera. Essa litosfera está dividida em diversas placas que flutuam sobre uma camada semilíquida chamada astenosfera. Essas placas não são fixas: elas se movem lentamente devido às correntes de convecção no manto terrestre, que resultam do calor gerado pela radioatividade no núcleo da Terra.

Placas tectônicas e crosta oceânica
Placas tectônicas e crosta oceânica

Estrutura da Terra

Para entender as placas tectônicas, é importante conhecer as camadas da Terra:

  1. Crosta: a camada mais externa e sólida, com espessura variável (5 a 70 km), composta principalmente por rochas como basalto e granito.
  2. Manto: localizado abaixo da crosta, com cerca de 2.900 km de espessura. É composto por rochas parcialmente fundidas, e é no manto que ocorrem as correntes de convecção que movimentam as placas.
  3. Núcleo: dividido em núcleo externo (líquido) e interno (sólido), formado principalmente por ferro e níquel. O núcleo interno é extremamente denso e quente, com temperaturas superiores a 5.000 °C.

Tipos de placas tectônicas

Existem dois tipos principais de placas tectônicas:

  • Placas continentais: sustentam os continentes e são mais espessas, mas menos densas.
  • Placas oceânicas: localizadas sob os oceanos, são mais finas, mas mais densas devido à composição rica em basalto.

Tipos de movimentos das placas tectônicas

Os movimentos das placas tectônicas são classificados em três tipos principais:

  1. Movimento convergente: ocorre quando duas placas colidem. Esse movimento pode gerar:
    • Cadeias de montanhas: como os Himalaias, formados pela colisão entre a Placa Indiana e a Euroasiática.
    • Zonas de subducção: onde a placa oceânica, mais densa, mergulha sob a placa continental, formando fossas oceânicas e vulcões, como na região do Círculo de Fogo do Pacífico.
  2. Movimento divergente: acontece quando duas placas se afastam. Esse movimento:
    • Forma dorsais oceânicas, como a Dorsal Mesoatlântica.
    • Gera nova crosta oceânica pelo surgimento de magma.
  3. Movimento transformante: ocorre quando duas placas deslizam lateralmente uma em relação à outra. Um exemplo é a Falha de San Andreas, nos Estados Unidos, associada a terremotos frequentes.

Consequências dos movimentos tectônicos

Os movimentos das placas tectônicas causam diversos fenômenos naturais:

  • Terremotos: ocorrem devido ao acúmulo e liberação de energia nas bordas das placas.
  • Vulcões: frequentemente localizados em zonas de subducção ou em dorsais oceânicas, onde o magma encontra caminhos para a superfície.
  • Formação de montanhas: como resultado de colisões entre placas continentais.
  • Tsunamis: gigantescas ondas geradas por terremotos submarinos ou erupções vulcânicas.

Principais placas tectônicas

A Terra possui diversas placas tectônicas, entre as quais se destacam:

  • Placa do Pacífico: a maior placa tectônica, cobrindo grande parte do Oceano Pacífico.
  • Placa Sul-Americana: inclui o continente sul-americano e parte do Oceano Atlântico.
  • Placa Africana: cobre a África e partes dos oceanos Atlântico e Índico.
  • Placa Euroasiática: abrange a Europa e a Ásia.
  • Placa de Nazca: localizada no Oceano Pacífico, ao largo da costa oeste da América do Sul, e que colide com a Placa Sul-Americana.
  • Placa Antártica: cobre o continente antártico e áreas adjacentes do oceano.

Teoria da Tectônica de Placas

A teoria da tectônica de placas foi desenvolvida na década de 1960 e se baseia na ideia de que a crosta terrestre é fragmentada em placas que se movem. Essa teoria consolidou-se a partir da compreensão da deriva continental, proposta por Alfred Wegener em 1912. Wegener sugeriu que os continentes estavam inicialmente unidos em um supercontinente chamado Pangeia, que começou a se fragmentar há cerca de 200 milhões de anos.

Evidências que sustentam essa teoria incluem:

  • A correspondência entre os contornos dos continentes, como América do Sul e África.
  • Distribuição de fósseis semelhantes em diferentes continentes.

  • Padrões de magnetismo nas rochas oceânicas, indicando inversões do campo magnético terrestre.

Importância do estudo das placas tectônicas

Compreender as placas tectônicas ajuda a:

  • Prever e mitigar desastres naturais: monitorar áreas sujeitas a terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas.
  • Explorar recursos naturais: identificar áreas com potencial de petróleo, gás natural e minerais.
  • Entender a história geológica: explicar a formação de continentes, oceanos e cadeias montanhosas ao longo do tempo.
  • Estudar mudanças climáticas passadas: os movimentos das placas influenciam correntes oceânicas e padrões climáticos.

Curiosidades sobre as placas tectônicas

  • A Placa do Pacífico é conhecida por formar o “Círculo de Fogo“, uma área com intensa atividade vulcânica e sísmica.
  • A Placa Indo-Australiana ainda está colidindo com a Placa Euroasiática, formando os Himalaias, que continuam a crescer a uma taxa de poucos milímetros por ano.
  • A velocidade média do movimento das placas varia entre 2 a 5 cm por ano, aproximadamente a mesma velocidade com que as unhas humanas crescem.

Conclusão

As placas tectônicas são fundamentais para a dinâmica da Terra. Seus movimentos moldam a superfície do planeta, influenciando desde o relevo até os desastres naturais. Para estudantes do ensino fundamental, médio e vestibulares, é essencial compreender os conceitos básicos, as consequências dos movimentos e a relevância desse conhecimento na geografia, na geologia e na mitigação de desastres naturais.

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