O que você precisa estudar hoje?
É corriqueiro que alunos de matemática básica, média ou superior tenham dificuldades e medos de determinados temas da matemática, como a trigonometria.
Quando perguntamos a um aluno o que é trigonometria criamos uma situação de incertezas e dúvidas; então para esclarecer este limbo vamos estudar e entender juntos suas definições e propriedades.
Trigonometria por si só já possui um nome autoexplicativo. Se derivarmos o seu nome, “tri” representa triângulo, “gono”, ângulo e “metria” vem de medida, logo trigonometria estuda a relação existente em um triângulo tomando como parâmetro essas três vertentes.
Arco
Se dois pontos distintos A e B pertencem a uma circunferência, eles dividem a mesma em duas partes. Chamamos estas divisões da circunferência de arco .
Se o ponto A e B forem coincidentes, então dizemos que A e B representa um arco nulo ou arco de uma volta.
Unidades de medida de arco
Classificações necessárias para determinar o comprimento de um arco.
Graus
Representa uma divisão do comprimento total da circunferência dividida em 360 partições.
Radiano
Representa a relação entre a medida do comprimento do arco de uma circunferência com seu raio. Como ilustrado abaixo, podemos notar que 1 rad equivale ao comprimento de 1 raio.
Podemos escrever a relação geral para encontrar a medida de um arco em radiano dividindo o comprimento do arco pelo comprimento do raio, de acordo com a fórmula abaixo.
Pra o caso de um arco de tamanho R, podemos escrever:
Relação entre graus e radianos
Dizemos que corresponde a . Para constatar esta relação vamos seguir a operação abaixo.
Seja o ângulo de uma volta e a medida do arco , como mostra a figura.
Da relação do cálculo do ângulo em radiano, , temos:
Ou seja, podemos estabelecer a seguinte identidade entre ângulos em graus e radianos:
Ciclo trigonométrico
Se colocarmos uma circunferência de raio 1 centralizada na origem do plano cartesiano teremos o chamado ciclo trigonométrico. De acordo com a figura abaixo vemos que o ciclo foi dividido em 4 regiões iguais, as quais chamamos de quadrantes (I, II, III e IV).
Podemos associar a cada arco marcado na circunferência um número real e um sentido, sendo 0 o arco nulo começando no ponto A. Aumentamos esse número no sentido anti-horário do ciclo, e diminuímos no sentido horário.
Como o raio dessa circunferência é , temos que o seu comprimento é de , e então podemos associar alguns arcos importantes com suas imagens no ciclo, como mostrado abaixo.
Arcos côngruos
Existem infinitos ângulos possível em um intervalo de 0 a 2πrad, mas será que são os únicos ângulos que podem ser representados no ciclo trigonométrico?
Para responder esta questão podemos analisar o nome que damos para circunferência que delimita estes ângulos, o ciclo trigonométrico que por si só é explicativo, de modo que, é um ciclo, ou seja, sem fim, podendo dar infinitas voltas e repetições partindo de um mesmo ponto. Uma comparação lúdica que podemos utilizar seria uma criança bem animada que dá infinitas voltas em seu gira-gira, logo, mesmo que rode diversas vezes, sempre passará pelos mesmos pontos iniciais como na figura a baixo.
Estendendo a ideia para o ciclo trigonométrico, teremos arcos diferentes com a mesma imagem no ciclo. Esses arcos são chamados de arcos côngruos.
Chamamos de primeira determinação positiva o menor arco positivo de uma família de arcos côngruos. Por exemplo, na imagem acima, o arco é a primeira determinação positiva da sua família de arcos côngruos.
Generalizando, podemos concluir as seguintes propriedades para os arcos côngruos:
- Eles podem ser representados pelo conjunto , com k representando o número de voltas no ciclo;
- Se , então o arco é tomado no sentido anti-horário;
- Se , então o arco é tomado no sentido horário.
- A primeira determinação positiva é o arco de uma família de arcos côngruos que tem a menor medida positiva ou nula.
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