O que você precisa estudar hoje?
Na matemática, conjunto é uma coleção de objetos quantificáveis, os quais chamamos elementos.
Representação de um conjunto
Para representar conjuntos, utiliza-se letras maiúsculas do alfabeto (letras de A a Z).
Diagrama de Venn-Euler
Visualmente, podemos representar conjuntos como circunferências que contêm elementos.
O modelo pode, também, representar dois ou mais conjuntos que possuem elementos em comum (chamamos de interseção).
Representação por enumeração ou listagem
Pode-se representar um conjunto através da enumeração, ou seja, uma listagem de elementos contidos por chaves.
Exemplo:
A={1, 2, 3, 4}
Lê-se “O conjunto A contém os elementos ”.
Representação por meio de uma propriedade
Também é aceitável representar um conjunto através de uma propriedade, uma característica particular, que classifique os elementos de tal conjunto.
Exemplo:
B={n I n é vogal} = {a, e, i, o, u}
Lê-se “B contém n, tal que (|) n é vogal”. Logo, B contém os elementos “a”, “e”, “i”, “o” e “u”.
Conjunto, elemento e pertinência
De início, destacamos que essas três noções matemáticas são isentas de definição matemática.
O conjunto, como dito antes, é um agrupamento ou coleção de um grupo de elementos. Os elementos são objetos que compartilham uma característica (como pertencerem a um determinado conjunto).
A relação de pertinência, por sua vez, implica se determinado elemento pertence ou não a um conjunto. Usa-se o símbolo “” (pertence) para um elemento que pertence a algum conjunto e “” (não pertence) para um elemento que não pertence a um conjunto.
Exemplos:
1) Dado o Conjunto A={p,q,r}, diz-se que p A, q A e r A.
2) Dado o Conjunto B={s,t,u}, sabe-se que p B, q B e r B.
Conjunto unitário
Chama-se unitário o conjunto que contém apenas um elemento, ou seja, apenas um elemento satisfaz a característica do conjunto.
Exemplo:
A={n vogais | n ≠ a, i, o, u}
Lê-se “A contém n que pertence às vogais, tal que ( | ) n é diferente (≠) de a, i, o, u.”
Ou seja, seria o mesmo que A={e}.
Conjunto vazio
Chama-se vazio o conjunto sem elementos, ou seja, nenhum elemento satisfaz a propriedade característica.
Exemplo:
B={x ∈ vogais I x ≠ a, e, i, o, u}, logo A é conjunto vazio.
Representa-se A={ } ou A=Ø.
Conjunto universo (U)
Chama-se universo o conjunto que contém todos os elementos. Representa-se o conjunto universo, usualmente, pela letra U, tal que (Lê-se “x pertence a U para todo x.”).
Perceba, no exemplo da imagem, que U contém além dos elementos de A e B, também os elementos que não pertencem a nenhum dos outros conjuntos.
Conjuntos iguais
Dados os conjuntos A e B, diz-se A = B se, e somente se, os elementos de A e B forem os mesmos.
Exemplos:
1) A={3,4,9} e B={9,4,3}, então A=B;
Perceba que a ordem dos elementos não importa, apenas que eles são os mesmos: “3”, “4” e “9”.
2) C={1,1,1,1,2,3} e D={1,2,3}.
Agora, perceba que C possui elementos repetidos (“1”), mas ainda assim C=D, pois pode-se notar que os elementos de ambos conjuntos são os mesmos: “1”, “2” e “3”, apesar da repetição.
Subconjunto
Diz-se que B é subconjunto de A se, e somente se, todos os elementos de B também forem elementos de A.
Representa-se essa noção por:
Lê-se “B está contido em A se, e somente se, para todo n pertencente a B implica que n pertence a A”.
Por exemplo, seja B o conjunto das vogais e A do alfabeto, podemos dizer que B é um subconjunto de A, porque toda vogal também faz parte do alfabeto.
Propriedades da inclusão
Algumas propriedades são fundamentais para a teoria de conjuntos, são elas:
a) significa que A está contido em B e, por isso, todo os elementos de A pertencem a B;
b) Usa-se para B contém A que equivale a , A está contido em B;
c) Usa-se para representar que A não está contido em B;
d) Propriedade transitiva: Se e então (se A está contido em B e B está contido em D, então A está contido em D);
e) Igualdade de conjuntos: e (se A está contido em B e B está contido em A, então A é igual a B);
f) O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto: Ø para todo A;
g) O número de subconjuntos possíveis em A é para n elementos de A.
Conjunto das partes
Se A é um conjunto qualquer, chama-se conjunto das partes de A todos os subconjuntos de A. Denota-se o conjunto das partes de A por P(A).
Exemplos:
Dado A={a,b,c},
1) Sabe-se que Ø é subconjunto de A;
2) Para A, tem-se também os subconjuntos unitários {a}, {b} e {c};
3) Também os subconjuntos {a,b}, {a,c} e {b,c};
4) Nota-se pela definição de conjuntos que todo conjunto é subconjunto dele mesmo e por isso temos também o subconjunto {a,b,c}.
Por isso P(A)={Ø,{a},{b},{c},{a,b},{a,c},{b,c},{a,b,c}}.
Vale notar que se fez válida a propriedade de inclusão “g”, uma vez que o número de subconjuntos pôde ser dado por .
União de conjuntos
Dados os conjuntos A e B, o conjunto união de A e B (A ∪ B) é composto por todos os elementos do conjunto A e do conjunto B.
Dessa maneira tem-se que A ∪ B = {x I x ∈ A e/ou x ∈ B} (Lê-se “A união contém x, tal que x pertence a A e/ou x pertence a B”}.
Exemplos:
A={x I x vogais}, B={y I y consoantes}, portanto A B={Alfabeto}.
Propriedades da união
Sobre a união de conjuntos, algumas propriedades são notáveis:
a) Ø = , a união de um conjunto com o conjunto vazio é o próprio conjunto;
b) , pois o conjunto universo contém todos os elementos;
c) , propriedade idempotente;
d) , propriedade comutativa;
e) , propriedade associativa.
Interseção de conjuntos
Dados os conjuntos A e B, o conjunto interseção de A com B é o conjunto formado pelos elementos em comum entre A e B.
Exemplo:
A={a,b,c}, B={c,d,e}, portanto A B={c}.
Propriedades da interseção
Sobre a interseção de conjuntos, algumas propriedades são notáveis:
a) Ø = Ø, a interseção de um conjunto com o conjunto vazio é o próprio conjunto vazio;
b), a interseção de um conjunto com o conjunto universo é o próprio conjunto;
c) , propriedade idempotente;
d) , propriedade comutativa;
e) , propriedade associativa.
Propriedades que inter-relacionam a união e intersecção de conjuntos
Existem também propriedades notáveis que relacionam a interseção e união de conjuntos.
Propriedade distributiva
Algumas propriedades de caráter distributivos são notáveis para a teoria de conjuntos:
a) ;
b) .
Quando A está contido em B
Existem características notáveis para os casos em que um conjunto está contido em outro:
a) ;
b) , sendo D um terceiro conjunto;
c) , sendo D um terceiro conjunto.
Diferença de conjuntos
A diferença de conjuntos é dada pelos elementos de um conjunto que estão ausentes no outro.
Assim sendo, tem-se que A – B = {n I n ∈ A e n ∉ B}.
Vale ressaltar também que para o caso a propriedade comutativa torna-se inválida e A – B ≠ B – A.
Conjunto complementar
Dados dois conjuntos A e B, tal que B é subconjunto de A (B ⊂ A), diz-se que o conjunto complementar de B em relação a A () é dado pelo conjunto que contém os elementos faltantes para que B se torne A. Denota-se, também, o complementar do conjunto A por .
Tem-se então que para B ⊂ A.
Propriedades do conjunto complementar
Existem algumas propriedades notáveis para conjuntos complementares:
a) , o complementar do conjunto universo é o conjunto vazio e vice-versa;
b) , o conjunto complementar do conjunto complementar de A é A;
c) Se ;
d) Se ;
e) , Teorema 1 de De Morgan;
f) , Teorema 2 de De Morgan;
g)
Diferença simétrica
A diferença simétrica entre dois conjuntos A e B é um conjunto denotado , tal que este conjunto seja dado por .
Número de elementos de uma união de conjunto
Dado um conjunto de forma que não seja um conjunto vazio, calcula-se o número de elementos pertencentes a por , uma vez que a intersecção contém elementos presentes em ambos conjuntos (A e B).
Exemplo:
O conjunto A possui 10 elementos e o conjunto B possui 13 elementos; possui 6 elementos, então quanto vale n()?
Pela notação, temos que n()=n(A)+n(B)- n();
Assim, .
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