Nutrição Vegetal

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Os vegetais são eucariotos pertencentes ao reino Metaphyta, separados em quatro grandes grupos, as briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Esses vegetais possuem uma característica em comum, que é o processo de produção de uma macromolécula representante dos blocos de construção da vida. Esse processo é conhecido como fotossíntese e é responsável pela produção da glicose.

Nutrição das plantas

A nutrição das plantas ocorre através da produção da glicose. Essa macromolécula é sintetizada por meio da fotossíntese, logo esses organismos são considerados autotróficos, ou seja, que são capazes de produzirem o próprio “alimento”. Durante esse processo, é exigido das plantas a capacidade de retenção de substâncias inorgânicas, água e energia luminosa. Só assim elas são capazes de realizar fotossíntese.

As substâncias inorgânicas exigidas para a realização da fotossíntese, e consequentemente do desenvolvimento de vegetal, são classificados em macronutrientes e micronutrientes. Carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo e enxofre são exemplos de macronutrientes. Já ferro, cobre, zinco, boro, cobalto, cloro, molibdênio e níquel são exemplos de micronutrientes.

Micronutrientes
Micronutrientes

Existe uma relação entre a morfologia das plantas  e a nutrição desses seres vivos. Por exemplo, na raiz, estrutura especializada em absorção de água e sais minerais, são encontradas duas estruturas, casca e cilindro, que são responsáveis também pela regulação do fluxo de íons e distribuição de glicose para os demais tecidos. A casca é formada por epiderme, córtex e endoderme. E o cilindro é composto por periciclo, que são grupos celulares que organizam os tecidos floema, mais externo, e xilema, mais interno.

Transporte – seiva bruta

A solução aquosa composta por alguns macronutrientes e pelos micronutrientes é transportada através de um tecido especializado, o xilema. Para a condução dessa seiva inorgânica são necessários três fenômenos, intensa absorção de água, capilaridade e evapotranspiração/respiração. A intensa absorção de água e sais pelas raízes promove uma força propulsora para que a seiva seja acelerada. Depois a capilaridade presente nas células que compõe o xilema proporciona uma força de atração entre as moléculas de água e a parede dos vasos, para então a evapotranspiração/respiração, nas folhas dos vegetais, retirar a água do interior dos vasos, por meio de uma força de sucção. Esse processo determina um sentido único para o fluxo da seiva mineral e é forte o suficiente para determinar a subida de um líquido contra a aceleração da gravidade.

Transporte – seiva elaborada

Enquanto a seiva bruta, solução aquosa absorvida pelas raízes, é levada das raízes para as folhas, a seiva elaborada ou orgânica faz o sentido inverso, das folhas para as raízes. O mecanismo de condução da seiva orgânica é a pressão osmótica ou diferença de concentração de glicose solúvel. Esse mecanismo garante que os órgãos produtores de glicose, as folhas, se tornem capazes de distribuir para os demais tecidos por possuírem uma alta concentração de glicose quando comparado com os tecidos não produtores, caule e raízes.

A glicose produzida nas folhas é introduzida nos vasos liberianos através da pressão negativa criada pela saída da água nas folhas. Essa glicose é transportada para outros órgãos e, quando se encontram em quantidade maior do que conseguem consumir, são metabolizadas à amido. O amido é uma molécula insolúvel e representa a principal reserva energética das plantas. Essa estratégia metabólica garante a pouca necessidade de água para a manutenção dos tecidos responsáveis pela reserva energética e a diferença de concentração de glicose entre os tecidos produtores e os não produtores, consequentemente o fluxo de glicose para todo o organismo.

Transportes das seivas
Transportes das seivas

Secreções

Secreções são substâncias que as plantas produzem e eliminam. Essas substâncias podem ser do tipo: néctar, que é um líquido geralmente adocicado que pode servir como alimento para outros animais, principalmente insetos, e proteção para o vegetal contra predadores; resina, substância produzida nos troncos, ramos e folhas de gimnospermas, e servem de proteção contra insetos e agentes decompositores; látex, que é um material esbranquiçado que age como coagulador e cicatrizante, quando em contato com o ar, protegendo o vegetal de predadores e decompositores diante da sua toxicidade.

Exemplo de secreção do tipo látex
Exemplo de secreção do tipo látex

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